quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Fitoterápicos

No seguinte blog vamos falar da importância, usos, beneficios e curiosidade sobre acerola, hortelã, erva doce e camomila.

Conceito de Fitoterapia



O termo fitoterapia tem origem grega, no qual fito (phyto) significa “vegetal” e terapia (therapeia) quer dizer “tratamento”. A fitoterapia é a utilização das plantas para tratamento de doenças e recuperação da saúde. Pode-se considerar medicamento fitoterápico toda preparação farmacêutica (extratos, pomadas e cápsulas) utilizando como matéria-prima partes de plantas (folhas, caules, raízes, flores e sementes) com reconhecido efeito farmacológico.

Uso dos fitoterápicos na medicina

O consumo dos fitoterápicos tem base na tradição familiar e tornou-se prática generalizada na medicina popular. Atualmente, muitos fatores têm contribuído para o aumento da utilização deste recurso, entre eles, o alto custo dos medicamentos industrializados, o difícil acesso da população à assistência médica, bem como a tendência, nos dias atuais, ao uso de produtos de origem natural.
O estudo de plantas medicinais, a partir de seu emprego pelas comunidades, pode fornecer informações úteis para a elaboração de estudos farmacológicos, fitoquímicos e agronômicos sobre estas plantas, com grande economia de tempo e dinheiro. Desta forma, podemos planejar a pesquisa a partir de conhecimento empírico já existente, muitas vezes consagrado pelo uso contínuo, que deverá ser testado em bases científicas.

Uso de Fitoterápicos na psiquiatria

Nos últimos anos houve um aumento na comercialização de fitoterápicos com indicação para os transtornos mentais. Esses medicamentos despertam reações variadas nos profissionais de saúde mental, que vão de uma resistência absoluta a um entusiasmo extremado, passando por uma indiferença. Mais ainda, geralmente essas posturas abordam os fitoterápicos como um todo, não distinguindo entre os diferentes medicamentos desse grupo. Entretanto, é mais adequado avaliar cada fitoterápico com uma abordagem semelhante aos dos medicamentos sintéticos, ou seja, baseada em evidências científicas sólidas, particularmente em estudos clínicos controlados. Portanto, podemos concluir que a atitude mais adequada em relação aos fitoterápicos é considerá-los com o mesmo rigor com que lidamos com os medicamentos sintéticos, baseando nossa conduta clínica em evidências científicas consistentes (estudos controlados), reconhecendo, quando for o caso, sua eficácia, mas também seus efeitos adversos e a possibilidade de interações medicamentosas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Algumas perguntas sobre Fitoterápicos

O que são fitoterápicos?
Fitoterápicos são medicamentos obtidos empregando-se,
como princípio-ativo, exclusivamente derivados de drogas
vegetais. São caracterizados pelo conhecimento da eficácia
e dos riscos de seu uso, como também pela constância de
sua qualidade. Fitoterápicos são regulamentados no Brasil como
medicamentos convencionais e têm que apresentar
critérios similares de qualidade, segurança e eficácia
requeridos pela ANVISA para todos os medicamentos.

Qual a diferença entre planta medicinal e fitoterápico?
As plantas medicinais são aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como remédio em
uma população ou comunidade. Para usá-las, é preciso
conhecer a planta e saber onde colhê-la e como prepará-la.
Quando a planta medicinal é industrializada para se obter
um medicamento, tem-se como resultado o fitoterápico. O
processo de industrialização evita contaminações por
microorganismos, agrotóxicos e substâncias estranhas,
além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve
ser usada, permitindo uma maior segurança de uso.

Quais as precauções em relação aos fitoterápicos?
Como qualquer medicamento, o mau uso de fitoterápicospode ocasionar problemas à saúde, como por exemplo:alterações na pressão arterial, problemas no sistema nervosocentral, fígado e rins, que podem levar a internaçõeshospitalares e até mesmo à morte, dependendo da forma deuso.
Os cuidados são os mesmos destinados aos outros
medicamentos:
􀂃 Buscar informações com os profissionais de saúde;
􀂃 Informar ao seu médico qualquer reação desagradável que
aconteça enquanto estiver usando plantas medicinais ou
fitoterápicos;
􀂃 Observar cuidados especiais com gestantes, lactantes,
crianças e idosos;
􀂃 Informar ao seu médico se está utilizando plantas
medicinais ou fitoterápicos, principalmente antes de
cirurgias;
􀂃 Adquirir fitoterápicos apenas em farmácias e drogarias
autorizadas pela Vigilância Sanitária;
􀂃 Seguir as orientações da bula e rotulagem;
􀂃 Observar a data de validade – Nunca tomar medicamentos
vencidos;
􀂃 Seguir corretamente os cuidados de armazenamento;
􀂃 Ter cuidado ao associar medicamentos, o que pode
promover a diminuição dos efeitos ou provocar reações
indesejadas.
􀂃 Desconfiar de produtos que prometem curas milagrosas.
Os fitoterápicos podem fazer mal à saúde?

Qual o papel da ANVISA com relação aos fitoterápicos?
A ANVISA tem o papel de regulamentar todos os
medicamentos, incluindo os fitoterápicos, e fiscalizar as
indústrias farmacêuticas com o intuito de proteger e
promover a saúde da população.
Sendo assim, a ANVISA controla a produção, a liberação para
consumo (registro) e acompanha a comercialização dos
medicamentos, podendo retirá-los do mercado caso seu
consumo apresente risco para a população.
Verifique na embalagem o número de inscrição do medicamento no Ministério da Saúde. Deve haver a sigla MS, seguida de um
número contendo 9 ou 13 dígitos, iniciado sempre por 1. Há a possibilidade de buscar o registro do produto no site da ANVISA,
consultando o link: http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/Consulta_Produto/consulta_medicamento.asp.

Acerola

ACEROLA
Nome Científico: Malpighia glabra L.
Nome Popular: Cereja - das – Antilhas
Família: Malpighiaceae

Parte Utilizada: Fruto

Origem: América Central
Aspectos Históricos:
A acerola é originária das Antilhas, norte da América do Sul e Central, foi introduzida no Brasil, em Pernambuco em 1955, procedente de Porto Rico. É cultivada em vários países tropicais.
A determinação de seu altíssimo grau de vitamina C foi feita por Conrado Asenjo, em 1946.
É a fruta com maior teor de vitamina C de que se tem notícia. Atualmente devido a está característica ímpar e outras, como o significativo grau de tanino, é intensamente cultivada em Porto Rico, Hawai, Cuba e Flórida, constituindo-se em ponderável fonte de riqueza para essas regiões.
Uso:
* Fitoterápico:
- Tem ação: vitaminizante, antianêmica, aperiente, cicatrizante, antiinflamatória, mineralizante, adstringente.
- É indicada para estados de carência de vitamina C, stress, fadiga, gravidez, gripes e resfriados, afecções pulmonares, do fígado e da vesícula biliar, hepatite virótica, varicela, poliomielite.
- Tuberculose pulmonar, diabetes, reumatismo, disenteria.
* Fitocosmética:
- Tem ação hidratante capilar e condicionador capilar, retardamento do envelhecimento.
- É indicado para o tratamento contra o envelhecimento precoce da pele e no condicionamento capilar.

HORTELÃ (menta)


Hortelã
Nome científico: Mentha piperita

Família: Labiadas.

Outros nomes: Hortelã-pimenta, menta.

Comprando:
A hortelã é vendida geralmente fresca em buquê nas feiras ou lojas especializadas em ervas finas. Encontrada fresca, seca ou em pó. Fresca: maços e vasinhos de hortelã fresca são encontrados em supermercados, mercados ou feiras. Escolha as folhas vistosas e evite as que estiverem murchas e manchadas. Seca: prefira as acondicionadas em vidros ou embalagens escuros, que devem ser guardados ao abrigo da luz. Verifique o prazo de validade.

Dicas:
Se você tiver folhas de hortelã começando a murchar, mergulhe-as em água bem gelada por alguns minutos. Elas ficarão mais viçosas. As folhas de hortelã cristalizadas decoram bolos e pudins e podem ser servidas com o café, depois das refeições.

Descrição:
Planta de 30 a 60 cm, ligeiramente aveludada. Haste ereta, quadrangular, avermelhada, ramosa. Ramos eretos e opostos. Folhas opostas, curtamente pecioladas, oval-alongadas, lanceoladas ou acuminadas, serreadas, algo pubescentes. Flores violáceas, numerosas pedunculadas, reunidas em verticilos separados e formando na extremidade das hastes, espigas obtusas, curtas, ovóides, assaz cerradas, munidas de brácteas na base. Cálices gamossépalo, tubuloso, de 5 dentes quase iguais. Corola gamopétala, infundibuliforme: limbo de 4 lobos, sendo o superior algo maior. O fruto é constituído por 4 aquênios.
Uso medicinal: Na hortelã estão reunidas, em elevado grau, as propriedades antiespasmódicas, carminativas, estomáquicas, estimulantes, tônicas, etc. Prescreva-se a hortelã como remédio na atonia das vias digestivas, flatulências, timpanite (especialmente a de causa nervosa), cálculos biliares, icterícia, palpitações, tremedeiras, vômitos (por nervosidade), cólicas uterinas, dismenorréia. É um medicamento eficaz contra os catarros das mucosas, já porque favorece a expectoração, já porque combate a formação de novas matérias a expulsar. Aplica-se o sumo embebido em algodão para acalmar as dores de doentes.
Às crianças que tem vermes intestinais, administra-se um chá de hortelã, liberta-las dos parasitas que as atormentam. As mães que amamentam devem tomar este chá, para aumentar a secreção do leite.
Há também outras espécies de hortelã (Mentha viridis, Mentha crispa, etc.), cujas propriedades medicinais são idênticas às da Mentha piperita.
Parte usada:
Folhas e sumidades floridas, por infusão.
Dose:
Folhas, normal; flores, 10 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xícaras por dia.